quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Crianças vêem o mundo de outra forma – literalmente

 Leiam esta notícia e pensem: Se crianças enxergam o mundo de maneira diferente como nossas crianças autistas enxergam?

Abraços!







Um estudo da Universidade de Londres (Inglaterra) parece sugerir que há uma desculpa para explicar porque pais e filhos têm problemas de comunicação. Aparentemente, crianças e adultos enxergam o mundo de maneiras diferentes. Mas estamos falando de um sentido literal: o olho humano, com o passar da idade, vai mudando sua forma de recepcionar as imagens.
Na verdade, trata-se de uma interação entre o olho e o cérebro: enquanto os adultos enxergam os itens em seu campo de visão como uma única e grande informação, as crianças separam os componentes que enxergam. Até os 8 anos, informações recebidas através do tato, olfato e visão não têm o mesmo impacto sensorial que adquire após essa idade.
Existem dois quesitos básicos para essa diferença na visão: disparidade binocular (sublimes diferenças entre como cada olho projeta as imagens para o cérebro) e de “textura” (há um maior detalhamento das coisas mais próximas – não estamos falando de miopia -, uma característica que não é propriamente um defeito) das imagens. Esta tendência foi comprovada a partir de um teste dos pesquisadores londrinos, baseado em imagens 3D. No experimento, se verificou que os adultos enxergam as coisas com maior precisão. O fato de as informações visuais se fundirem, na captação da imagem, permite uma maior distinção do conjunto visual, o que falta às crianças.
Tal precisão, no entanto, tem um porém: uma vez que as imagens passam “em conjunto” pela córnea dos adultos, não podem mais ser separadas. Resultado: as pessoas mais velhas têm menor afinamento para a perspectiva dos objetos. Inclinação e comparação entre distâncias, por exemplo, são fatores que as crianças identificam com muito mais facilidade.
Há também um estudo paralelo, que investiga a rapidez com que o cérebro processa a informação visual. Comprovações recentes parecem mostrar que os adultos levam vantagem também nesse quesito. Ainda são necessárias, no entanto, novas pesquisas para aperfeiçoar nosso conhecimento científico sobre como bebês e crianças pequenas enxergam o mundo: uma ciência sobre a qual grande parte do conteúdo ainda é um mistério. [Live Science]

Um comentário:

  1. concondo, pois tenho um filho com autismo e quanto mais leio e pesquiso tento obter respostas e conclusões para ajudá-lo.

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