quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

REPORTAGEM - SCIENTIFIC AMERICAN



Pesquisadores descobrem um meio de tornar mais lentas as células cerebrais que podem desencadear distúrbios neurológicos





Cientistas afirmam ter localizado com precisão um gene cerebral que pode acalmar as células nervosas muito irrequietas, o que potencialmente abre caminho para novas terapias para o autismo e outros distúrbios neurológicos.



“É animador porque abre uma nova perspectiva nessa área,” comenta Michael Greenberg, neurobiologista da Harvard Medical School.“Ninguém havia encontrado até agora um gene que controlasse esse processo.”
O cérebro tenta constantemente manter um equilíbrio entre a atividade exagerada e a atividade reduzida de células nervosas. Os neurologistas acreditam que quando esse equilíbrio é rompido, podem ocorrer distúrbios como o autismo e a esquizofrenia. Não se sabe com certeza por que os neurônios ─ células nervosas ─ perdem o controle. Mas Greenberg acredita que ele e seus colegas localizaram, em camundongos, um gene que ajuda a manter a atividade neural sob controle ─ e talvez um dia possa ser aproveitado para prevenir ou reverter problemas neurológicos.






Pesquisadores anunciaram na Nature a descoberta de que um gene chamado Npas4 que produz, em grande escala, uma proteína que impede os neurônios de se tornarem muito excitados ao se comunicarem entre si por meio de conexões conhecidas com sinapses. Quando essa proteína é bloqueada, os neurônios disparam mais sinais que o normal, mas quando os níveis da proteína aumentam, os neurônios se acalmam.






Gina Turrigiano, neurocientista da Brandels University, que estuda aspectos da comunicação entre neurônios, observa que o estudo de Greenberg se revela “potencialmente, um caminho bastante intrigante,” para controlar a atividade neural. Mas ela ressalta que o Npas4 pode não ser o único gene que faz isso. Camundongos sem Npas4 podem sobreviver, embora possam ser capturados mais facilmente e tenham um tempo de vida mais curto que camundongos normais.






Enquanto os cientistas aprofundam seu conhecimento sobre a forma como as células cerebrais se mantêm em equilíbrio, Greenberg acredita que serão capazes de identificar pessoas geneticamente mais propensas a sofrer distúrbios neurológicos e de desenvolver novos medicamentos para prevenção e tratamento desses pacientes.






Ele alerta para o fato de que outros genes, também afetados pelo Npas4, estão sendo associados ao autismo, mas adverte que as novas terapias resultantes de sua pesquisa “ainda têm um longo caminho a percorrer,” conclui. “Estamos apenas começando, ainda há muito por conhecer”.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

TEATRO: A MÁQUINA DE ABRAÇAR

MALU GALLI ESTREIA NA DIREÇÃO COM TEXTO DE SINISTERRA QUE USA O AUTISMO PARA ABORDAR OS LIMITES DA LINGUAGEM
Reestreia 19 de janeiro no teatro do leblon!
CURTA TEMPORADA
de 19 de janeiro a 10 de fevereiro. Terças e quartas às 21 horas.
Rua Conde de Bernadotte, 26. Sala Fernanda Montenegro
Bilheteria 2529-7700



Entrevistas:


RIO - A atriz Malu Galli nunca havia pensado em dirigir, até que, ao ler um texto inédito do autor espanhol José Sanchis Sinisterra, "A máquina de abraçar", cenas surgiram em sua mente, umas atrás das outras. Numa peça em que o autismo é o mote, Malu pensou imediatamente em desestabilizar alguns códigos teatrais em sua montagem, que o público poderá ver a partir desta quinta-feira (24.09) no galpão do Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico.

Para começar, a encenação ocorre em dois palcos: um para a autista, outro para sua terapeuta. As duas contam suas experiências num congresso médico. Mas elas se encontram, circulam pelo corredor entre duas fileiras de cadeiras, que, apesar de presas ao chão, são rotatórias, para que o espectador possa acompanhar as cenas em diferentes espaços. Antes da apresentação, o público entra numa espécie de saguão poético, uma pequena exposição pensada pelo artista plástico Raul Mourão (também responsável pelo cenário), com obras de Nino Cais, Eduardo Coimbra e Chelpa Ferro.



- Sinisterra usa o autismo, que tem uma diferença na forma de apreender o mundo, para falar da arbitrariedade da linguagem, de como ela é insuficiente. Ela nunca dá conta das coisas. Também quis dar ao espectador a experiência de outra organização, outras formas de linguagem, outro modo de assistir à peça - explica Malu, que há dois anos encenou "Diálogos com Molly Bloom", de Sinisterra, dirigida por cinco diretores, incluindo o espanhol.



Interpretada por Mariana Lima, a autista é livremente inspirada na americana Temple Grandin, PhD em biologia que aprendeu a se comunicar com o mundo criando códigos próprios de associação em imagens concretas, já que o autista tem dificuldade com a abstração. O nome da peça parte de uma máquina de fato criada por Temple para "abraçar" o gado antes do abate - uma invenção que usa para si mesma, já que o autista tem dificuldade com o toque.


Leia a íntegra da reportagem na edição digital do GLOBO

domingo, 24 de janeiro de 2010

INFORMAÇÃO: Centro de Estudos do Genoma Humano - SP

Centro de Estudos do Genoma Humano
Rua do Matão - Travessa 13, nº 106
Telefone: (11) 3091-7966 Ramal 15
Cidade Universitária CEP: 05508-090
São Paulo - SP / Brasil
http://genoma.ib.usp.br/pesquisas/doencas_autismo.php

Autismo
O autismo caracteriza-se por uma tríade de anomalias comportamentais: limitação ou ausência de comunicação verbal, falta de interação social e padrões de comportamento restritos, estereotipados e ritualizados. A manifestação dos sintomas ocorre antes dos três anos de idade e persiste durante a vida adulta. A incidência do autismo é de cinco a cada 1.000 crianças, sendo mais comum no sexo masculino, na razão de quatro homens para cada mulher afetada.
Os sintomas e o grau de comprometimento variam amplamente, por isso é comum referir-se ao autismo como um espectro de transtornos, denominados genericamente de transtornos invasivos do desenvolvimento. Foram estabelecidos critérios de classificação dos transtornos invasivos do desenvolvimento que estão formalizados no Manual de Diagnóstico e Estatístico (DSM-IV) da Associação Americana de Psiquiatria e na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) publicada pela Organização Mundial de Saúde.
A origem do autismo ainda é desconhecida, embora os estudos realizados apontem para um forte componente genético. Não há um padrão de herança característico, o que sugere que o autismo seja condicionado por um mecanismo multifatorial, no qual diferentes combinações de alterações genéticas associadas à presença de fatores ambientais predisponentes podem desencadear o aparecimento do distúrbio.
Quadro clínico
Indivíduos autistas apresentam comprometimento na interação social, que se manifesta pela inabilidade no uso de comportamentos não-verbais tais como o contato visual, a expressão facial, a disposição corporal e os gestos. Esse comprometimento na interação social manifesta-se ainda na incapacidade do autista de desenvolver relacionamentos com seus pares e na sua falta de interesse, participação e reciprocidade social. Há comprometimento na comunicação, que se caracteriza pelo atraso ou ausência total de desenvolvimento da fala. Em pacientes que desenvolvem uma fala adequada, permanece uma inabilidade marcante de iniciar ou manter uma conversa. O indivíduo costuma repetir palavras ou frases (ecolalia), cometer erros de reversão pronominal (troca do “você” pelo “eu”) e usar as palavras de maneira própria (idiossincrática).
Com relação às suas atividades e interesses, os autistas são resistentes às mudanças e costumam manter rotinas e rituais. É comum insistirem em determinados movimentos, como abanar as mãos e rodopiar. Freqüentemente preocupam-se excessivamente com determinados assuntos, tais como horários de determinadas atividades ou compromissos.
Alguns autistas (cerca de 20%) apresentam um desenvolvimento relativamente normal durante os primeiros 12 a 24 meses de vida, depois entram em um período de regressão, caracterizado pela perda significativa de habilidades na linguagem.
O retardo mental está presente em cerca de 75% dos autistas. Esses autistas com retardo mental são propensos a se automutilar, batendo com a cabeça ou mordendo as mãos, por exemplo. As convulsões aparecem em 15 a 30% dos casos, 20 a 50% apresentam alterações no eletroencefalograma. Além disso, em 15 a 37% dos casos de autismo ocorre associação com outras manifestações clínicas, incluindo os 5 a 14% que apresentam alterações cromossômicas ou alguma doença genética conhecida. As doenças genéticas mais comumente associadas ao autismo são a síndrome do cromossomo X-frágil, a esclerose tuberosa, as duplicações parciais do cromossomo 15 e a fenilcetonúria não tratada. Outras associações freqüentes incluem a síndrome de Down, a síndrome de Rett, a síndrome de Smith-Magenis, a deleção de 22q13 e a neurofibromatose.
Genes associados ao autismo
Diversos estudos genéticos têm sido realizados, visando identificar genes que conferem susceptibilidade ao autismo. Esses genes podem estar localizados em regiões afetadas por alterações cromossômicas presentes em pacientes com autismo, ou em segmentos cromossômicos compartilhados pelos indivíduos afetados de uma mesma família. Com base nesses estudos, foram localizados genes de susceptibilidade ao autismo nos segmentos 15q, 7q, 3q25-q27, 13q14, 2q e 17q21. A susceptibilidade ao autismo também parece estar associada a uma variante polimórfica do gene GLO1, que está localizado em 6p21.3. Mutações nos genes NLGN3, NLGN4, e MECP2, localizados no cromossomo X, também conferem susceptibilidade ao autismo.
Aconselhamento genético
Assim como em outras anomalias de etiologia multifatorial, a informação sobre os riscos de recorrência do autismo é baseada em estimativas empíricas, ou seja, pela observação direta da recorrência da anomalia em diversas famílias.

NOTÍCIA 23/01/10 ESTUDO: GENE DA ESQUIZOFRENIA PODE REDUZIR O RISCO DE CÂNCER


  UOL
Pessoas que apresentam uma forma específica de um gene que as colocam mais suscetíveis a desenvolver a esquizofrenia podem estar protegidas contra algumas formas de câncer, segundo estudo recentemente publicado no American Journal of Psychiatry. Avaliando 21 polimorfismos de base única em 173 pacientes e 137 pessoas saudáveis, os pesquisadores do Instituto Feinstein de Pesquisas Médicas, nos EUA, descobriram mais evidências que sugerem uma intrigante relação entre os genes relacionados ao câncer e a suscetibilidade para esquizofrenia.

“Apesar do aumento da exposição aos fatores de risco para o câncer, diversos estudos têm demonstrado uma menor incidência de câncer em pacientes com esquizofrenia do que na população geral”, ressaltaram os autores na revista científica. “Menores taxas de câncer em parentes de primeiro grau de pacientes com esquizofrenia sugerem que a relação inversa entre câncer e esquizofrenia pode estar relacionada a fatores genéticos”, acrescentaram.

Com as análises genéticas, os cientistas descobriram que diversas variedades do gene MET, que estão ativadas em diversos tipos de tumor, influenciam o risco de esquizofrenia, assim como a habilidade cognitiva geral. Porém eles destacam que ainda não está claro como alguns genes aumentam o risco de esquizofrenia, enquanto reduzem a propensão à desenvolver algumas formas de câncer.

De acordo com os autores, as pesquisas da relação do autismo com esses genes podem fornecer algumas pistas dessa relação genética entre a esquizofrenia e o câncer. Eles destacam que variantes do gene MET são ativadas quando tumores se desenvolvem, e pode aumentar as chances de as células cancerosas se multiplicar e infiltrar em outros tecidos; mas a ativação desse gene é importante também para o “neurodesenvolvimento” normal – com a redução de sua atividade sendo associada ao autismo. Assim, os pesquisadores acreditam que mais pesquisas devem investigar esse mecanismo para descobrir como a esquizofrenia reduz o risco de câncer.

Fonte: American Journal of Psychiatry. 15 de janeiro de 2010.

NOTÍCIA 19/01/10 MUDANÇA DE CROMOSSOMO CAUSA AUTISMO EM RATOS


  UOL
No Japão, cientistas ajustaram cromossomos de ratos para fazer com que os animais agissem de forma autista. Os roedores modificados por engenharia apresentaram falhas genéticas e comportamentos parecidos com os de alguns humanos que apresentam o distúrbio.

O trabalho, apresentado na publicação Cell, apresenta evidências diretas que ligam anomalias cromossômicas (consideradas responsáveis por aproximadamente 10% dos casos de autismo) e autismo. Em algumas pessoas com autismo, uma região específica do cromossomo 15 humano apresenta-se duplicada.

Jin Nakatani, Kota Tamada e seus colegas duplicaram o fragmento correspondente de um cromossomo de rato. Ratos que apresentavam o DNA extra demonstraram, entre outras características, menor sociabilidade, comunicação mais alta e maior habilidade em atividades repetitivas. Esses comportamentos são comuns em pessoas autistas.

O grupo foi além, procurando por diferenças moleculares entre os cérebros dos ratos com características autistas e dos ratos de controle. Os resultados sugerem que o rato autista possa apresentar um receptor de serotonina alterado, denominado 5-HT2c. A serotonina esteve anteriormente ligada ao autismo por seu papel no cérebro em evolução.

Os pesquisadores acreditam que esses ratos não apenas funcionarão como um modelo para o desenvolvimento de tratamentos para o autismo, mas serão também úteis para o entendimento de outros problemas cerebrais.


http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=193858

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

REPORTAGEM - ISTO É

N° Edição: 1899
OS SEGREDOS DO AUTISMO



As últimas descobertas sobre o transtorno, que atinge um milhão de pessoas no Brasil


Por Greice Rodrigues



REPORTAGEM - ISTO É


PONTE PARA O MUNDO

Pesquisadora desenvolve método que facilita diagnóstico precoce de autismo em bebês


Juliane Zaché

REVISTA ISTO É

N° Edição: 1678


A cena acontece numa praia. A princípio, a imagem pode passar a impressão de uma família feliz. A mãe tenta brincar com o bebê na beira do mar, enquanto o avô coruja filma o episódio. A atitude materna é em vão. A criança não interage e tem o olhar perdido no horizonte. Seu avô percebe a situação. Para evitar ver o que não quer, ele vira a câmera em direção ao mar. Na verdade, o filme mostra como uma criança autista lida com o mundo. Ou seja, como ela não consegue se envolver com o que está ao redor. O problema atinge um a cada dez mil pequenos. Para alguns especialistas, está relacionado a alterações no funcionamento cerebral. Para outros, a síndrome tem origem nas dificuldades de relacionamento entre mãe e filho, dependendo da vulnerabilidade da criança. Entre os principais sintomas, estão a dificuldade em se integrar ao ambiente e não gostar de contato físico.



Sinais – Porém, o objetivo do vídeo vai além de retratar as reações de um autista. Sua meta é ensinar os médicos a diagnosticar o mal precocemente, em bebês de dois a três meses. Esse é um dos maiores obstáculos enfrentados pelos especialistas, justamente pela dificuldade de se perceber sinais da síndrome nessa fase. O método baseado no uso de cenas reais foi criado pela psicanalista brasileira Marie-Christine Laznik, radicada há cerca de 30 anos em Paris e dona de larga experiência no assunto. Na sexta-feira 30, ela fará uma apresentação sobre o tema no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O evento é uma prévia de um curso que será realizado em janeiro na instituição e que também abordará outros temas, como depressão em bebês.

A iniciativa é do Instituto de Ensino e Pesquisa e do departamento de pediatria do hospital. A palestra de Marie será dirigida principalmente aos pediatras, pois há seis anos ela treina os profissionais na França. “É interessante porque é o médico que tem um contato próximo com a família e poderá ajudar no diagnóstico”, diz Luiz Celso Vilanova, neuropediatra da Universidade Federal de São Paulo. A programação também é aberta ao público em geral. Para montar o programa de diagnóstico, o primeiro passo de Marie foi fazer uma parceria com alguns hospitais de Paris e de outras cidades européias para que os pais recebessem uma filmadora ao saírem da maternidade. Eles filmam o dia-a-dia da criança e se comprometem a enviar uma cópia do filme ao hospital quando o bebê completa três meses. No vídeo, é possível detectar sinais que revelam risco de desenvolvimento do autismo. A ausência de troca de olhares entre a mãe e o bebê é um deles. Com a ajuda dos vídeos, os médicos são treinados a identificar reações que podem ser sintomas do problema. Para o psiquiatra Francisco Assumpção Júnior, do Hospital das Clínicas de São Paulo, essa forma de diagnóstico é interessante. Mas é preciso ficar atento. “Muitas vezes é possível confundir o autismo com outras síndromes e doenças, pois seus sinais são parecidos com os apresentados por outros problemas”, ressalva.

Integração – Apesar dessa dificuldade, o fato é que o diagnóstico precoce é fundamental contra o autismo. Quanto mais cedo ele for detectado, melhor. O ideal é que o tratamento seja feito por equipes multidisciplinares, incluindo psicólogos e fonoaudiólogos. O trabalho será feito de acordo com as dificuldades de cada um e o objetivo é integrar o autista na sociedade. A terapia precisa ser individual. Todo autista, por exemplo, apresenta dificuldades de relacionamento com outras pessoas. No entanto, se forem tratados corretamente, além de melhorar o relacionamento social, são capazes de ler, trabalhar e alguns podem ter, inclusive, capacidades surpreendentes, como resolver cálculos difíceis ou possuir memória auditiva invejável. Remédios são usados contra os sintomas. “Podemos indicar drogas contra convulsões, por exemplo”, diz Abram Topczewski, neuropediatra do Einstein.

Muitas vezes a recuperação também é realizada por entidades assistenciais. Na Associação dos Amigos da Criança Autista (Auma), em São Paulo, é montado um programa para desenvolver as habilidades. Uma das formas de fazer isso é organizar a rotina do autista, pois às vezes eles não se lembram de fazer tarefas do dia-a-dia, como escovar os dentes. “Os familiares têm papel importante para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas”, comenta a assistente-social Eliana Boralli Lopes, fundadora da entidade e mãe de uma filha autista.


Conquista possível


“Quando minha filha Nathália Boralli Lopes tinha três anos, descobri que ela era autista. Na época, pouco se sabia sobre a síndrome. Procurei várias associações que tratam do problema para colocá-la, mas não havia vaga. Esperei por quatro anos, e nada. Resolvi montar a minha própria. Estudei muito sobre o assunto e aprendi bastante, o que me ajudou a lidar com ela. Hoje com 15 anos, ela está muito bem. É independente. Come, se veste, toma banho sozinha e lê tudo. Ela é a prova de que um bom trabalho tem resultado.”


Eliana Boralli Lopes, assistente social e fundadora da Associação dos Amigos da Criança Autista, em São Paulo.

MATÉRIAS

Decidi pesquisar todas as revistas brasileiras atrás de publicações a respeito do Autismo.
Colocarei aqui no blog todas as reportagens na íntegra que encontrar dos últimos anos.

Poderemos analisar a frequência com que se aborada o assunto e mudanças em suas abordagens.

Falaremos sobre autistas que tem suas histórias conhecidas, afinal o filme de Temple Grandin estreará dia 6 de fevereiro!

A programação para o próximo mês iniciará com publicações em revistas internacionais e artigos científicos!!!


ACOMPANHEM!!!!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

AUTISTAS FAMOSOS - STEPHEN WILTSHIRE

STEPHEN WILTSHIRE





 


Fonte: http://www.stephenwiltshire.co.uk/
Tradução: Amanda Bueno
Stephen Wiltshire é um artista que desenha e pinta paisagens detalhadas. Ele tem um talento especial para o desenho realista, representações precisas das cidades, às vezes, tendo observado apenas por pouco tempo.


Stephen nasceu em Londres, em 24 de abril de 1974. Quando criança, não falava, e não se relaciona com outras pessoas. A partir dos três anos, ele foi diagnosticado como autista. Não possuía linguagem e vivia imerso em seu próprio mundo.

Quando tinha cinco anos, Stephen foi enviado para Queensmill School, em Londres, onde se percebeu que o único passatempo que lhe dava prazer era desenhar. Logo se tornou evidente que ele se comunicava com o mundo através da linguagem do desenho; animais primeiro, depois os carros de Londres, e finalmente edifícios. Estes desenhos mostravam uma perspectiva magistral e revelavam um talento natural.

Aos oito anos, Stephen começou a desenhar arranha-céus depois que os efeitos de um terremoto (imaginário), como resultado de ter visto fotografias de terremotos em um livro na escola. Ele também se tornou obcecado com ilustrações de carros clássicos americanos (o seu conhecimento era de enciclopédias), e ele desenhou a maioria dos marcos de Londres.

Os professores da Escola Queensmill o encorajaram a falar retirando temporariamente seus instrumentos de desenho para forçá-lo a solicitar o que desejava. Stephen respondeu fazendo sons e, eventualmente, proferiu a sua primeira palavra - "papel". Ele aprendeu a falar completamente aos nove anos de idade.

Em 1987, o programa da BBC QED, "The Foolish Wise Ones ', mostrou o talento surpreendente de Stephen. Ele foi apresentado por Sir Hugh Casson (ex-presidente da Royal Academy), que o descreveu como "o melhor artista infantil na Grã-Bretanha". Trabalho de Stephen desde então tem sido objeto de inúmeros programas de televisão ao redor do mundo. Seu trabalho foi publicado e discutido em muitos livros, e seu próprio livro (terceiro de sua autoria) “Cidades Flutuantes” (1991) foi número um na lista dos mais vendidos da Sunday Times.

Enquanto isso, obras de arte Stephen estavam sendo exibidos com freqüência em locais de todo o mundo. Em 2001, ele apareceu em um documentário da BBC, "Fragmentos de um Gênio", pelo qual ele foi filmado sobrevoando Londres a bordo de um helicóptero e, logo após desenhar de maneira perfeita uma ilustração de uma aérea de quatro milhas quadradas no prazo de três horas. Seu desenho incluía 12 marcos históricos e 200 outras estruturas.

Em outubro e novembro de 2003, milhares se reuniram à Orleans House Gallery, em Twickenham, perto de Londres, na Inglaterra, para ver a primeira grande retrospectiva da obra de Stephen. A exposição abrangeu o período de 20 anos, de 1983 a 2003, e era composta por 150 exemplos de desenhos de Stephen, pinturas e gravuras.

Em maio de 2005, logo após um curto passeio de helicóptero sobre Tóquio, ele desenhou uma vista panorâmica da cidade em uma lona de 10 metros de comprimento, a partir da memória. Após isso desenhou Roma, Hong Kong, Frankfurt, Madrid, Dubai, Jerusalém, Londres e Nova York. em telas gigantes. Ele completou sua obra-prima no Pratt Institute, faculdade de arte e design, em Nova York em outubro de 2009.

Em janeiro de 2006, foi anunciado que Stephen estava sendo nomeado pela Rainha Elizabeth II como Membro do Império Britânico, em reconhecimento dos seus serviços ao mundo da arte. Mais tarde, naquele ano ele abriu sua galeria permanente em Londres. Trabalho de toda a carreira Stephen está permanentemente em exposição, juntamente com os originais novas e estampas disponíveis para venda na Galeria de Stephen Wiltshire na Royal Opera Arcade, Pall Mall, Londres.

domingo, 17 de janeiro de 2010

LIVRO "A MENTE DO SEU FILHO" - BARBIRATO E DIAS

TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS EM CRIANÇAS

Para muitos pais, a simples menção à palavra psiquiatra causa arrepios. Mas, apesar de todo o preconceito que envolve os transtornos mentais, diagnosticá-los ainda na idade pré-escolar e tratá-los com a orientação de um bom profissional é fundamental para evitar problemas mais sérios no futuro 

por Camila Carvas   

fotos Gustavo Arrais


Agrande maioria dos pais conhece os sintomas de uma virose, sabe identificar doenças típicas da infância, como catapora e sarampo, e não pensa duas vezes antes de tapar as tomadas da casa. Mas e quando a criança anda tristonha, não se relaciona bem com os colegas, não sabe esperar a sua vez ou chora desesperadamente se precisa dormir sozinha? Em um primeiro momento, esse tipo de comportamento até parece algo natural da idade. Quando se torna recorrente, no entanto, é preciso ficar alerta: por trás do destempero ou da choradeira sem fim podem estar os primeiros sinais de um transtorno psicológico na infância.

Esse é o assunto do recém-lançado livro A Mente do Seu Filho (Editora Agir), assinado pelos psiquiatras Fábio Barbirato mailto:fabiobarbirato@ig.com.br) e Gabriela Dias. “Nosso objetivo é ajudar pais, professores e até mesmo pediatras a diferenciarem o que é normal e o que não é”, diz Barbirato, que é do Ambulatório Infanto-Juvenil de Psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, o primeiro do gênero no país. “Afinal, fala-se muito em saúde física, mas quase nada sobre a mental”, nota ele. Uma pena, sobretudo no caso dos pequenos: quando se identifica uma patologia psicológica logo nos primeiros anos de vida, fica mais fácil prevenir problemas futuros. “Pesquisas provam que boa parcela dos adultos ansiosos ou depressivos tem histórico infantil do transtorno”, revela o especialista.

Só para ter uma ideia, estudos já constataram quadros depressivos em 8% da garotada entre 3 e 5 anos. E estimativas da Organização Mundial da Saúde apontam que, em 2020, a depressão, muitas vezes originada na tenra infância, será a segunda causa de incapacitação médica no planeta. Nos adultos, ela compromete o desempenho profissional e social, deflagra prejuízos na comunicação, leva ao abuso de drogas e até a suicídios. Portanto, fica fácil perceber os benefícios do diagnóstico precoce.

Entre os transtornos mais comuns na infância estão os de ansiedade, de humor, de déficit de atenção e hiperatividade e os globais do desenvolvimento, como o autismo. “Aliás, no ambulatório, vemos uma porcentagem grande de casos de autismo”, conta Barbirato. Hiperativos aparecem em segundo lugar e os demais distúrbios vêm logo em seguida. A dificuldade para identifi cá-los reside no fato de que os sintomas, muitas vezes, são superficiais e camuflados. “A criança sente dor, vomita, tem febre e lesões dermatológicas”, relata o psiquiatra. Somente depois de uma avaliação detalhada é que finalmente se conclui que as emoções são as responsáveis pela situação. Por isso é importante que você aprenda a reconhecer os sinais de que algo não vai bem na cabecinha do seu filho.
Transtornos do humor
 As crianças bipolares, que alternam períodos de depressão e episódios de mania, costumam apresentar um comportamento sexual mais exagerado. “Elas se masturbam mais, vivem falando sobre sexo e são o que chamamos de hiperromânticas, ou seja, estão sempre apaixonadas”, descreve Barbirato. Na infância, esse transtorno vem geralmente acompanhado de estados de irritabilidade, explosão e arrogância. Pais e professores devem ficar atentos se os pequenos não param quietos, falam além da conta e acreditam que podem fazer coisas irreais.


No caso da depressão, é importante deixar claro que ela não é sinônimo de tristeza. E está longe de ser algo momentâneo, que passa com o tempo. Às vezes, quando uma pessoa querida ou um animal de estimação morre, ficar triste é até saudável, porque mostra que a afetividade está sendo exercida. Um quadro mais persistente, porém, que geralmente ultrapassa os seis meses e altera, inclusive, a maneira de o pequeno comer e dormir, acende a luz amarela. Aí os pais notam que acaba o interesse e o prazer em atividades antes agradáveis e começam as queixas de dores físicas, de barriga ou de cabeça, sem falar no autoisolamento.



Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
Mais conhecido como TDAH, é baseado na tríade desatenção, inquietação e impulsividade. Como se espera que toda criança seja, por assim dizer, um pouco peralta, o que distingue o problema de uma reles travessura são os prejuízos que ele provoca. “Quando a criança é mais desatenta do que o restante da turma, e essa situação é persistente, o melhor é procurar um médico”, explica o psiquiatra Enio Andrade, do Ambulatório de TDAH do Hospital das Clínicas de São Paulo. E ser impulsivo, nesse caso, signifi ca não saber esperar a vez, falar sem pensar, atravessar a rua sem olhar para os lados ou não conseguir guardar um segredo, entre outros sintomas.


Transtornos de ansiedade
Pânico, fobias e compulsão obsessiva são apenas algumas das subdivisões da ansiedade. Mas todas estão relacionadas ao medo de problemas futuros. Na infância, o transtorno da ansiedade mais comum é o da separação. “A criança sofre muito cada vez que os pais dão a entender que vão sair”, conta Bernard Rangé, professor do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O pequeno fica apreensivo com o que pode acontecer com o pai e a mãe e, consequentemente, com ele. No caso de TOC, sigla para transtorno obsessivo-compulsivo, o garoto repete uma ação várias vezes e tem ideia fixa por simetria. Em ambos os casos, a terapia cognitiva comportamental ajuda a entender o que causa a perturbação.


Transtornos globais do desenvolvimento
O autismo é uma da formas, e provavelmente a mais conhecida, dos chamados TGD. “Ele é caracterizado por falta de interação social, a criança tende a se isolar. Há atraso e disfunção das habilidades de comunicação e um repertório limitado de atividades e interesses”, explica Ana Margareth Bassols, chefe do Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. O pequeno em geral gosta de fazer sempre os mesmos programas e assume um comportamento que às vezes parece com o de crianças mais novas.

Os motivos ainda não são conhecidos, mas sabe-se que o autismo afeta de três a cinco vezes mais meninos do que meninas. A observação atenta do desenvolvimento da criança por parte da família, escola e pediatra ajuda bastante na identificação precoce do problema. “Um de seus primeiros sinais é a aversão ao colo”, conta a médica. O bebê autista costuma ser agitado. Brincadeiras muito repetitivas, aversão ao olhar — eles tendem a não olhar o outro enquanto falam — e à aproximação de outras pessoas, que eles parecem nem sequer ouvir, também sinalizam um possível autismo. Não à toa, durante o tratamento procura-se estimular na criança seu lado mais comunicativo e sociável.

O importante é que os pais se lembrem de que, quando se cogita um transtorno mental, fala-se de algo mais grave e já instalado. Em bom português, trata-se de uma situação que requer o acompanhamento de profissionais qualificados para que o diagnóstico e a indicação de um método terapêutico sejam adequados. “Investir em tratamentos sem comprovação cientifica pode retardar a melhora da criança”, pondera Ivete Datar. E isso significa perda de tempo. Um tempo bem precioso, diga-se de passagem.


NOTÍCIA 15/01/2010 - COMO FUNCIONA O CÉREBRO DE CRIANÇAS AUTISTAS

ESTUDO EM BEBÊS PROMETE DESVENDAR OS MISTÉRIOS DO AUTISMO
15/01/2010 - Fonte: Pais e Filhos
BEBÊ DE QUATRO MESES PARTICIPA DE UM EXPERIMENTO INÉDITO QUE VAI DESCOBRIR COMO FUNCIONA O CÉREBRO DE CRIANÇAS MUITO PEQUENAS
O pequeno Matai Reid foi monitorado por cientistas da Durham University, na Inglaterra, que avaliaram como seu cérebro respondia a diferentes imagens em movimento quando ele olhava para a tela de uma televisão. Para isso, ele teve de usar um engenhoso capacete com sensores que mediam e gravavam sua atividade cerebral.
Segundo Dr. Vincent Reid, psicólogo da Durham University, ainda não se sabe o suficiente sobre como o cérebro de bebês muito pequenos reage a certas coisas. Em entrevista ao tablóide britânico Daily Mail, ele afirma: “É vital nós entendermos este funcionamento para conseguir identificar problemas e atrasos no desenvolvimento, e assim conseguir diagnosticar mais precocemente doenças como o autismo”. Gemma Reid, a mãe do bebê, concordou em emprestar seu filho para o bem da ciência:
“O simples ato de observar como os bebês se desenvolvem já ajuda a aprender como funcionam algumas doenças cerebrais”. Ela conta que Matai gostou de participar do procedimento, que, segundo o dr. Reid, “não é doloroso, invasivo e nem prejudicial para a criança”. Ele afirma que ele e sua equipe simplesmente estão analisando o cérebro do bebê a partir de uma perspectiva acadêmica.


A National Autistic Society (Sociedade Nacional do Autismo, na Inglaterra) descreve o autismo como uma deficiência no desenvolvimento que dura a vida toda. Pessoas que sofrem da doença tem dificuldades para se interagir e se comunicar socialmente. O próximo passo dos psicólogos é procurar mais crianças, acima de dois anos, para participar do experimento.
http://www.nas.org.uk/



quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

CURSOS - ATIVIDADES BÁSICAS DA VIDA DIÁRIA (ABVDs)

 Cursos 2010!!!



AMA - Associação dos Amigos do Autista

Atividades Básicas da Vida Diária (ABVDs)


Tutor: Carolina Dutra Ramos

Datas:

06/03/2010 08:00

Valor de R$ 80,00 até 27-02-2010, após acréscimo de 50%, valor R$ 120,00

Ensinando a brincar e a jogar e promovendo o desenvolvimento de pessoas com autismo


Tutor: Mariana Colla

Datas:

20/03/2010 08:00

Valor de R$ 120,00 até 13-03-2010, após acréscimo de 50%, valor R$ 180,00


Ensinando Matemática e Alfabetização Fonética para crianças com autismo


Tutor: Marli Bonamini Marques e Márcia Pauluci
Datas:

27/03/2010 08:00

Valor de R$ 120,00 até 20-03-2010, após acréscimo de 50%, valor R$ 180,00

FILME - TEMPLE GRANDIN


TEMPLE GRANDIN






A produtora de filmes HBO lançará em 06 fevereiro de 2010, sábado, com Claire Danes no papel principal, o filme Temple Grandin, que se baseia na história real da estigmatizada garota que recebe o diagnóstico de transtorno autista e que aprende a usar seus talentos brilhantes obtendo uma famosa carreira de engenheira e cientista especializada em comportamento animal.


Nascida em 1946, apenas três anos após a publicação do estudo de Leo Kanner, Grandin relata que a consciência de suas dificuldades a deixava intrigada e isto a levava a viver um constante embate consigo e com suas inquietações. Para amenizar o desconforto causado por elas, a autora criou a "máquina do abraço", que por muitas vezes foi seu lugar de refúgio.




Grandin é um referencial de sucesso profissional. O transtorno não foi motivo para uma vida reclusa, mas antes, uma ferramenta que lhe permitiu alcançar grandes conquistas, até os dias de hoje.O roteiro do filme se baseia em seus dois livros autobiográficos, Uma menina estranha (Cia das Letras) e Thinking in pictures, sem tradução brasileira.

AMAPARO LEGAL: LEI Nº 10.216

Abaixo coloco 4 dos 13 da lei que dispõe dos direitos e proteção a pessoas acometidas de "transtornos mentais".
No Brasil, o simples fato de uma lei existir e vigorar não significa que ela efetivamente tenha efeito. Leiam com atenção os artigos 2º e 3º. Marquei em negrito as partes que sinceramente nunca vi acontecendo.


Uma criança autista dificilmente ficará sem atendimento. Ok, mas me questiono se atendimento em grupo num CAPS, duas vezes por semana trará os resultados esperados.


Digo isso por que um dia de papo no ônibus com um colega de trabalho, falando sobre trabalho ; ) , de repente uma mulher grita: " Você trabalha com autistas?!!!!!" Gente... Era uma mãe, com uma criança linda no colo. Me disse que ouviu nossa conversa e que queria informações sobre tratamento, pois não podia pagar uma clínica especializada. O tratamento que seu filho recebe é em um dos CAPS de Curitiba, apenas duas vezes por semana. Ela estava desesperada por ajuda!


Me pergunto se o artigo 3º desta lei, quando se refere a participação da família no tratamento considere isto como sendo a presença das mães acompanhando as sessões grupais 2 vezes por semana e da sociedade como sendo estagiários no ônibus lotado.


Não esqueçam de ler o 13º artigo...


LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001.


Presidência da República




Casa Civil


Subchefia para Assuntos Jurídicos
Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.
Art. 2o Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;

III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;


VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;


IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
Art. 3o É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.
Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.




Brasília, 6 de abril de 2001; 180o da Independência e 113o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Jose Gregori


José Serra


Roberto Brant


Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 9.4.2001

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

REPORTAGEM ÉPOCA - UM NOVO OLHAR SOBRE O AUTISMO

Reportagem na integra. Para quem não conseguiu comprar a edição ou deseja reler.
O psiquiatra que atende a criança da capa se chama Carlos Gadia. Neurologista infantil gaúcho que trabalha no Hospital da Universidade de Miami no Dan Marino Center, referência em tratamento de Autismo. Tive o prazer de conhecê-lo e participar de uma mesa redonda conduzida por ele na III Jornada Abenepi - Capítulo Paraná "PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO MULTIDISCIPLINAR NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA" em maio de 2008. Seus trabalhos serão muito discutidos aqui. Marcado em negrito na reportagem a opinião de Gadia acerca de uma possível "epidemia de autismo"

Um novo olhar sobre o Autismo
Com mais informações sobre o distúrbio, médicos calculam que o Brasil pode ter 1 milhão de casos não diagnosticados
Revista Época nº 473




"Os médicos não conseguem reconhecer os sintomas de autismo porque não são preparados para isso", diz a psiquiatra da infância e da adolescência Rosa Magaly Moraes. "A psiquiatria infantil não é disciplina obrigatória na formação de um pediatra." Segundo ela, o pediatra só vai perceber que há algo estranho com a criança quando ela já está com mais de 2 anos. Então, manda-a para um especialista. "O diagnóstico, em geral, percorre um caminho longo: do pediatra para a fonoaudióloga ou fisioterapeuta, daí para o neurologista ou psiquiatra, psicoterapeuta etc." Isso, nos casos em que há diagnóstico.
Esse número não chega a 50 mil, diz Estevão Vadasz, coordenador do Projeto Autismo no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. "Não há nenhum estudo sério sobre o número de autistas no país", diz. "Mas suspeita-se que haja 1 milhão de casos ocultos." Essa estimativa é uma extrapolação, com base no número de casos dos Estados Unidos. É uma forma de cálculo válida? "Não costuma haver uma variação grande de prevalência de autismo entre diferentes populações", diz Pedro Gabriel Delgado, coordenador da Área Técnica de Saúde Mental do Ministério da Saúde brasileiro. Portanto, a porcentagem de casos seria mais ou menos a mesma em qualquer país.
Os Estados Unidos viviam uma situação parecida com a do Brasil até o início da década de 80. Então a Associação Psiquiátrica Americana decidiu tornar mais abrangentes os parâmetros para o diagnóstico do distúrbio - e o país viveu uma campanha de informação para detectar o problema. Como aqui, a maioria dos médicos tinha a imagem estereotipada do autismo: considerava autista apenas a pessoa totalmente incapaz de interagir socialmente. Com as novas normas, o número de casos explodiu. A mídia chegou a tratar o autismo como uma "epidemia". Hoje, duas décadas depois, estimativas mais radicais sugerem que haveria um autista para cada 150 pessoas. Em dezembro passado, o Congresso americano aprovou a aplicação de US$ 1 bilhão em verbas para programas de pesquisa, esclarecimento, saúde ou educação.
"O número de casos registrados cresceu", diz o neurologista gaúcho Carlos Gadia, diretor-médico do Dan Marino Center, em Forth Lauderdale, na Flórida, um dos principais centros de referência em s autismo nos Estados Unidos. "Isso não significa que haja uma epidemia. Houve uma ampliação dos critérios usados para estabelecer se uma criança é autista ou não." A flexibilidade dos critérios para considerar alguém autista ou não explica a diferença nas estimativas internacionais. Na Inglaterra, há estudos ainda mais radicais que os americanos. A aplicação de um deles sugere que o Brasil poderia ter 1,8 milhão de autistas. Segundo Delgado, do Ministério da Saúde, o estudo mais adequado seria o de Eric Fombonne, da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá. Ele fala em 13 crianças autistas para cada 10 mil. Mesmo por essa estatística mais conservadora, haveria cerca de 180 mil casos não diagnosticados no Brasil.
É provável que uma campanha de esclarecimento similar à americana produza no Brasil a mesma sensação de epidemia. Sem nenhuma divulgação oficial, o Hospital das Clínicas de São Paulo, um dos centros de referência nacionais no tratamento de autismo, tem filas de candidatos a paciente. Pessoas do país inteiro viajam para se consultar com Estevão Vadasz. Ele diz que acompanha cerca de 400 casos por ano. Entre eles, uns cem novos a cada ano. "Não damos conta de atender todo mundo que nos procura." Na classe média, em geral mais conectada, há um crescimento espontâneo, detectado pelo aumento do número de casos tratados em clínicas particulares. "As pessoas ouvem falar a respeito, se informam", diz a psicóloga Leila Bagardo, diretora da clínica Gradual, especializada em autismo, em São Paulo.
Autismo é uma maneira diferente de ser. Mas sei que cheguei aonde cheguei porque tive quem olhasse por mim. J.S.O., 20 ANOS, formado no ensino médio


 Segundo o neurologista Gadia, a explosão de casos nos Estados Unidos se deve à pressão exercida por pais de autistas. "As famílias começaram a se unir em organizações, fazer lobby, pressionar o Congresso", diz. "Pessoas famosas, como o jogador de futebol Dan Marino, vieram a público declarar que tinham filhos autistas." As campanhas provocaram até certo exagero. Nas escolas públicas da Califórnia, o número de autistas cresceu assustadoramente nas últimas duas décadas, enquanto o de crianças com retardo mental diminuiu muito. "Por lei, as escolas são obrigadas a dar atendimento individualizado a crianças autistas", diz Gadia. "Para outros distúrbios, não. Os médicos sabem que, se derem um diagnóstico de autismo, a criança estará mais bem amparada."
Ainda que haja exageros, a campanha pró-diagnóstico é positiva. Primeiro, ela permite que o tratamento englobe também casos mais leves, de pessoas que seriam antes consideradas apenas "esquisitas". Pequenos dramas pessoais, de gente com dificuldades nas áreas de comunicação, interação social e foco de interesse, passaram a receber atenção e cuidado. Mas o principal é ajudar a detectar mais cedo os casos de autismo. Isso faz uma grande diferença no tratamento e nas probabilidades de o paciente conquistar autonomia.
"Não existe cura", diz J.S.O., de 20 anos. "Autismo é uma maneira diferente de ser. Mas sei que cheguei aonde cheguei porque tive quem olhasse por mim." O caso de J.S.O. é o melhor argumento contra o desespero dos pais ao descobrir que seus filhos são autistas. Hoje, formado no ensino médio, ele quer fazer vestibular para a faculdade de Letras. Mas, até os 4 anos, não falava. Sua mãe diz que ele apenas repetia o que os outros diziam e emitia um "iiiiiiiiii" alto, constante e agudo. Balançava as mãos sempre que estava nervoso ou contente. Quando algo fugia de sua rotina, se debatia e chorava.
O garoto foi encaminhado à AMA (Associação de Amigos de Autistas) com 6 anos de idade. Tinha todos os sintomas de um autista clássico. "Achei que não poderíamos fazer muita coisa por ele", diz Ana Maria de Mello, gerente-administrativa da AMA de São Paulo. Mas J.S.O. surpreendeu. Aos poucos, aprendeu a falar, escrever, abandonar os movimentos e sons repetitivos. Aos 8 anos, fez o pré em uma escola normal e, daí para a frente, seguiu freqüentando o colégio e a AMA paralelamente. Já no ensino médio, passou a voltar sozinho de ônibus da escola. Ainda tem dificuldade de olhar nos olhos das pessoas. Sem malícia, é constantemente monitorado pela mãe. Mas reage como todo adolescente: "Ela pensa que eu sou criança".
AGITADOS
Os gêmeos Marcelo e Marcel, de 8 anos, não param quietos, uma característica marcante do autismo
"Os pais precisam entender que muita coisa pode ser revertida", diz Cíntia Guilhardi, outra diretora da clínica particular Gradual. "E, quanto mais cedo, melhor." A falta de informação e recursos de tratamento faz até com que algumas mães deixem seus filhos autistas amarrados na cama para ir trabalhar. "Elas não têm com quem deixá-los," diz a psiquiatra Rosa Magaly Moraes, que atende à AMA de São Paulo. "Quando isso acontece, é por falta total de opção."
Quando existe informação, a reação pode ser oposta. Ao descobrir que seus dois filhos gêmeos eram autistas, a empregada doméstica Rosângela Cristina, de 34 anos, deixou o interior da Bahia e se mudou para São Paulo, em busca de tratamento. Para isso, se separou do marido. Marcel e Marcelo Lima de Souza tinham 4 anos. Hoje, têm 8. Rosângela precisou esperar três anos para conseguir vagas na AMA para os filhos. "Antes, eles iam uma vez por semana ao Capsi (Centro de Atendimento Psicológico) e ficavam lá uma hora", diz. O tratamento da AMA tem dado resultados. Eles estão largando as fraldas e comem sozinhos.
Na falta de campanhas oficiais, os pais têm criado redes de relacionamentos. Na internet há vários sites sobre o assunto, com listas de discussões, blogs, depoimentos tocantes. Em comunidades no Orkut, o site de relacionamento mais popular do Brasil, familiares de autistas trocam informações sobre tratamentos, remédios, experiências. Também falam de seus sentimentos e riem das travessuras das crianças. "Não é tudo tristeza", diz a carioca Cláudia Marcelino, mãe de Maurício, de 16 anos, e dona da comunidade Diário de um Autista. "Eles fazem muita coisa engraçada. Além disso, nós comemoramos juntos as vitórias de cada um."

NOTÍCIA - NOVA JERSEY

Proposta visa ampliar cobertura de terapias contra o Autismo em NJ

Os legisladores em New Jersey aprovaram um projeto de lei que forçaria as administradoras de seguro de saúde contratadas pelo Estado a ampliar a cobertura de algumas terapias contra o Autismo. Os tratamentos incluem terapias física, oral e ocupacional, assim como intervenções no comportamento, cujos defensores dizem ser mais cara que as outras três.




http://www.brazilianvoice.com/bv_noticias/bv_comunidade/10015-Proposta-visa-ampliar-cobertura-terapias-contra-Autismo.html

   Acredito que as pressões feitas nos EUA provém do assustador aumento estátístico de casos pertencentes ao espectro autista. Este aumento ainda é questionável. É um aumento real ou isso se deve aos divergentes critérios diagnósticos existentes ou até maior connhecimento sobre o transtorno?

Trabalherei este tema aqui também.

Por enquanto, coloco esta notícia de maio de 2009. Apenas para lembrar que os ganhos obtidos lá só acontecem pela união das famílias e profissionais. Aqui no Brasil a maior repercurssão que tivemos foi com a capa da Revista Época nº 473. E depois disso.... nada.

Exemplo disso é a situação da Associação de Pais e Amigos dos Autista de Piracicaba (AUMA). Entidade esta que se mantém através de recursos de órgãos governamentais, associados, contribuintes e apoio do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Possui fila de espera para atendimento e anunciou que não pode mais custear o tranporte das crianças no valor de R$ 4.300 mensais.

  
O prefeito da cidade prefeito Barjas Negritem até o dia 18 de janeiro para dar uma resposta sobre o assunto. Afinal as aulas recomeçam dia 20!


Quem quiser ajudar nesta caminhada:

Rodovia SP 135, n.º 15, Bairro Conceição km 153 - Piracicaba
Fone/Fax: (19) 3424-1979

NOTÍCIA - CORTE DECIDE CONTRA LIGAÇÃO DE VACINAS A CASOS DE AUTISMO




No último 12 de fevereiro, uma Corte especial em Washington – DC decidiu que as evidências apresentadas em três casos por pais de crianças autistas não provam as ligações entre Autismo e determinadas vacinas infantis. As famílias buscavam compensação através do Programa Governamental de Compensação por Prejuízos Causados pela Vacina (Vaccine Injury Compensation Program). Desde 2001, milhares de famílias apresentaram petições, mas quase todos ainda esperam audiências.
Em resposta à determinação especial da Corte, o Dr. Kenneth Reeve, que administra um programa de tratamento do Autismo no Caldwell College em New Jersey, disse que o debate sobre a segurança das vacinas tende a continuar, mesmo que hajam evidências convincentes que vacinas infantis são seguras.
“A decisão leva as pessoas a concluirem que as vacinas não são responsáveis por casos de Autismo”, disse Dr. Reeve. “Algumas crianças reagirão à vacina e apresentarão algumas doenças, mas isso não será ligado aos casos de Autismo”.
Ele disse que a decisão judicial foi baseada em estudos antigos. “Estamos concluindo quase 20 estudos que demonstraram que não ligação entre as vacinas e o desenvolvimento do Autismo”, disse ele. “A parte positiva é que esses estudos foram conduzidos em países diferentes com diferentes pesquisadores e isso concede-lhes algum crédito”.

INICIATIVA - ATIVISTA ABRE CAMINHOS PARA ADULTOS COM AUTISMO EM NEW JERSEY

Uma das maiores quetões para discussão é como tornar a vida de um adulto autista mais independente. Quando se pensa em mercado de trabalho o problema se torna mais grave. Cansado de esperar este pai tomou INICIATIVA. Grande exemplo.




Don Bennetti, residente em Edison (NJ), vem oferecendo enormes oportunidades para adultos autistas no Douglas Developmental Disabilities Center. Em 2006, pais envolvidos com o centro na Rutgers University formaram uma força tarefa que focaliza em encontrar empregos para seus filhos e filhas. O objetivo não era tão fácil. “Encontrar trabalho para indivíduos autistas é muito difícil”, explicou Bennetti. “Não há muitas vagas no mercado”.Bennetti parou de bater de porta em porta e decidiu criar o seu próprio negócio e, pouco tempo depois, ele fundou o “Men with Mops” (Homens com esfregões). 


 Atualmente , a empresa possui 15 adultos autistas e o filho de Bennetti, Luke, é um dos funcionários, ou seja, ele possui seu  próprio emprego. “Men with Mops executa uma variedade de tarefas: limpeza, corte de grama, recolhimento de folhas e mais. Sob o treinamento de supervisores, eles fazem o que podem durante as horas do programa (10:00 am às 2:15 pm, de segunda as sextas-feiras) e dentro de um diâmetro máximo de 30 milhas do centro.
Bennetti  ainda lembra-se da primeira vez que seus funcionários receberam seus salários. “O sorriso em seus rostos, essa foi a recompensa da criação do Men with Mops”. Ele disse que alguns pais sequer querem sacar os cheques, ou seja, apenas pô-los em uma moldura! Essa tendência dificultou Bennetti em controlar o saldo bancário.


Há planos de expansão, como descreveu Chris Manente, coordenador do programa DDDC. Ele disse que o primeiro passo será expandir o horário de trabalho do Men with Mops além das restrições atuais determinadas pelo programa, o que significa mais horas e até finais de semana.
“O que teríamos que fazer é descobrir uma forma de apoiar nossos funcionários do Men with Mops através de treinadores profissionais além do ambiente que o programa diário de adultos do Douglas Development Disabilities Center possa provar”, disse Manente.
Ele acrescentou que isso pode ser realizado se a companhia Men with Mops contratarem seus próprios treinadores ou ter pais de adultos com autismo assumindo a função. Através dessas ações, Manente disse que a Men with Mops poderia expandir o programa para um número maior de adultos com autismo em várias áreas do Estado Jardim.

TURMA DA MÔNICA



Pra quem ainda não conhece!



Se alguém desejar eu tenho a revista digitalizada.  Deixe um comentário com seu email e eu envio!






André - Personagem Autista da Turma da Mônica

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

LIVRO - ABORDAGEM NEUROBIOLÓGICA. TUCHMAN & RAPIN

Autismo

Abordagem Neurobiológica

Roberto Tuchman & Isabelle Rapin

 

Livro publicado no Brasil em 2009. Importante para atualização.

Aborda a neurobiologia de forma mais acessível. Livro altamente recomendado à profissionais da área. Recomendo! 


"Autismo: abordagem neurobiológica é um passo importante rumo à compreensão futura desse espectro do transtorno do desenvolvimento que traz prejuízos muito sérios e mostra-se tão fascinante quanto misterioso. Os autores abordam, sob uma perspectiva inédita, tópicos como: definições e epidemiologia do transtorno, avaliação clínica e diagnóstico diferencial, neurobiologia e aspectos genéticos, neuroanatomia e estudos de neuroimagem, fisiopatologia, condições co-mórbidas e déficit social, bem como questões em aberto e caminhos para pesquisas futuras."


Capítulo 1. Onde Estamos: Visão Geral e Definições
Capítulo 2. Epidemiologia dos Transtornos do Espectro Autista
Capítulo 3. Déficit Social no Autismo
Capítulo 4. Linguagem e Comunicação: Avaliação Clínica e Diagnóstico Diferencial
Capítulo 5. Estereotipias e Comportamentos Repetitivos: Avaliação Clínica e Base Cerebral
Capítulo 6. Neurobiologia do Autismo
Capítulo 7. Aspectos Genéticos do Autismo
Capítulo 8. Neuroanatomia e Estudos de Neuroimagem
Capítulo 9. Neuroimunologia e Neurotransmissores no Autismo
Capítulo 10. Eletrofisiologia e Epilepsia no Autismo
Capítulo 11. Autismo, Epilepsia e Atividade Epileptiforme no EEG
Capítulo 12. Sono e Transtornos do Espectro Autista
Capítulo 13. Responsividade Sensório-perceptiva Atípica
Capítulo 14. Déficits Motores no Autismo
Capítulo 15. Fisiopatologia do Autismo: Avaliação do Sono e da Locomoção
Capítulo 16. Avaliação Neuropsicológica: Conceitos Básicos e Utilidade Clínica
Capítulo 17. Abordagens Terapêuticas para os Transtornos do Espectro Autista
Capítulo 18. Evolução de Crianças com Autismo
Capítulo 19. O que já Aprendemos, Onde Precisamos Chegar

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